Estou a quilômetros do Rio de Janeiro.
Teoricamente o que acontece lá não me atinge de forma direta.
Teoricamente.
Na verdade, minha agonia é constante. Minha irmã mora no Rio, com ela, meu cunhado e meu sobrinho. Desde segunda minha mãe também está lá.
Acompanho os notíciários com tristeza e preocupação. Sei que todos têm suas rotinas e precisam mantê-las, afinal, não há como simplesmente deixar de trabalhar.
Imagino a agonia do meu cunhado que, obrigado a viajar a trabalho, acompanha à distância o perigo que ronda a sua família. Minha irmã, que deixa o filho pequeno e tem que fazer o seu trabalho como se nada a preocupasse lá fora. Minha mãe, por sua vez, vê a filha sair de casa em meio a essa guerra (sim, isto definitivamente é uma guerra) e tenta aparentar tranquilidade, para não deixá-la ainda mais nervosa. Feliz o Matheus, que na sua inocência, considera o máximo sofrimento apenas não poder ir brincar na pracinha.
Como eles, todas as milhares de famílias no Rio. E todos os milhões que, como eu, se preocupam com seus parentes e amigos que estão lá.
Com o blog, fiz muitas amigas que vivem no Rio e também me preocupo com cada uma delas. Algumas, são casadas com policiais, e a preocupação neste caso é redobrada.
Dizem que Deus é brasileiro. Que ele se lembre disso.
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