Todo mundo tem em casa aquele cantinho pra guardar o que não tem lugar definido, ou o entulho mesmo. É aquela caixa de fotos, aquele caderno da infância que você não tem coragem de jogar fora, todos os trabalhinhos que o seu filho fez na escola, a árvore de Natal. Sem contar com aquelas coisas que parecem ter sido feitas da pior maneira para serem guardadas: os eletrodomésticos! Sim, quer coisa mais terrível que uma enceradeira? E se junto vier um aspirador de pó, um ventilador, um forninho elétrico que é pequeno demais pra sua família, e uma centrífuga que nunca é usada?
Lá em casa a resposta é uma só: Põe no armário da parede.
Minha casa é bem antiga, deve ter uns 300 anos. Já foi muito reformada, o que não lhe confere valor histórico, mas a divisão dos cômodos permanece. E, com o melhor estilo casa de fazenda, possui na copa um armário, daqueles que você abre a porta e entra para mexer nas prateleiras.
Tudo, absolutamente tudo que não tinha lugar, ia pra lá, com exceção do que era da cozinha. Isso porque o estado do armário era deplorável, e seria impossível colocar alimentos em algo que saísse dali.
Faz tempo que ele me incomoda, mas dava preguiça chamar um pedreiro, encarar a poeira, e eu ia enrolando. Principalmente porque, não importa o que eu fizesse, seria temporário.
Até que, num estalo, me veio a solução: forrar com tecido!
E eis que surge, radiante e belo, o meu novo armário da parede:
Ainda é só um aperitivo, faltam os detalhes, que ficam para os próximos capítulos desta novela.
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